quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Hoje

Perguntei para várias pessoas sobre uma dúvida que tinha do dia de hoje:

“Que dia é hoje?”

- Hoje é dia de plantar.
Respondeu uma criança.

- Hoje é dia de colher.
Respondeu um adulto.

- Hoje é dia de viver.
Respondeu o jovem.

- Hoje é dia de dizer que dia é hoje.
Respondeu o sarcástico.

- Não sei.
Respondeu o preguiçoso.

- ...
(Não) respondeu o mudo.

- Que?
Respondeu o quase surdo.

- Hoje é dia de pensar nela.
Respondeu o apaixonado.

- Hoje é dia de pensar.
Respondeu o sábio.

- Hoje? Bom... Não sei se o hoje realmente existe. O agora não é concreto, sempre passa. Se eu for responder o que era o hoje no momento em que você perguntou, que certamente já passou, estaria descrevendo o ontem. Sendo assim, é impossível responder qualquer coisa relacionada ao presente, que agora já é passado, pois o hoje não se prende a uma limitação de 24 horas. Na verdade a “meia noite” pode ser o ontem da “meia noite e um segundo”. Estamos condenados a deixar para a lembrança cada ato, cada pergunta, cada resposta. Cada pensamento sobre o agora. Não existe o tempo, assim como não existe água que se possa segurar entre os dedos.
Respondeu o filósofo.

 Insatisfeito, continuei perguntando, e finalmente encontrei a resposta que tanto procurei:

- Hoje é quarta-feira.















Uma boa quarta-feira para todos os leitores do blog (como se alguém ainda lesse isso aqui).
(Ou um bom Domingo, boa Segunda, Terça, Quinta, Sexta, Sábado... seja lá que dia você ler esse texto).

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