segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Silêncio


É uma voz que não se ouve
E mesmo assim, o coração sente
Quando palavras já não dizem
Ele então se faz presente

E atormenta a consciência
Com seu grito tão silente
Um milhão de explicações
Percorrendo pela mente

O silêncio abre a porta
Pra incerteza e julgamento
“É covardia!” diz o tolo
Mas o sábio aguarda o tempo

Em que tudo é revelado
Sem conclusões precipitadas
Pois quem fala sem pensar
Sempre diz coisas erradas

Mas a maior porta que abre
É para a reflexão
Pois sempre há o tempo de compor
Antes de haver canção.


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